domingo, 4 de setembro de 2011

Livro propõe diálogo das teologias da criação e justificação com a ecologia

Antonio Carlos Ribeiro

Rio de Janeiro – O livro O Futuro da Criação propõe um diálogo entre as teologias da criação e da justificação com a ecologia. A obra foi lançada pelos teólogos Jürgen Moltmann e Levy Bastos lançaram no Centro Loyola de Fé e Cultura, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, na zona sul da cidade.




Da esquerda: Levy Bastos, Geraldo Dondici, Elias Wolff, Catherine Cornille, Jürgen Moltmann, Ana Maria Tepedino, Josafá Siqueira (reitor), Flávio Senra e Abimar Moraes, entre os conferencistas do III Simpósio Internacional de Teologia da PUC-Rio (31 de agosto a 2 de setembro de 2011)

O livro, com prefácio de Leonardo Boff e posfácio de Luiz Longuini Neto, é dividido em duas partes. Na primeira, intitulada O sol da Justiça, Moltmann busca um diálogo entre a teologia da criação e a teoria da evolução, subsidiando o atual debate sobre a defesa do meio ambiente.


Na segunda, o metodista brasileiro Levy Bastos, desenvolve uma perspectiva escatológica, indagando sobre o significado da doutrina da justificação – que resultou em Declaração Conjunta Católico-Luterana, assumida recentemente pela Igreja Metodista – e da Kenosis, para propor uma escatologia transformativa.

Levy Bastos – seu aluno em Tübingen em 1993 e hoje coordenador do curso de Teologia do Centro Universitário Metodista Bennett – lembrando que a espiritualidade ecológica aproxima a ascese e a defesa do meio ambiente, sem a qual não há verdadeira fé cristã, mas apenas uma graça barata.

O evento começou com uma conferência do teólogo alemão, em que discorreu sobre sua vida desde o trágico ataque da Real Força Aérea Britânica, que dizimou a cidade de Hamburgo, sua trajetória pastoral e acadêmica em em Wuppertal, Bonn e Tübingen e nos diálogos entre cristãos e neo-marxistas com Karl Rahner, Johann Baptist Metz e Roger Garaudy.

Comentou sobre a decisão da Justiça Argentina, que condenou um general, um coronel e cinco guardas, responsabilizados por centenas de mortes, incluída a de Elisabeth Käsemann, na prisão El Vesúvio, no dia 14 de julho. Para ele, a família, a Igreja e a comunidade se alegraram por terem feito justiça, mesmo após 34 anos, e que o sentido não é de vingança, mas de restauração da dignidade e de defesa dos direitos humanos.

Nenhum comentário:

Total de visualizações de página