domingo, 15 de maio de 2011

Socioambientalismo - outro mundo é possível

Antonio Carlos Ribeiro

Conceito surgido da luta social e capaz de agregar a intelectualidade, o socioambientalismo ficou conhecido no Fórum Social Mundial, hospedado três vezes na cidade de Porto Alegre, fazendo do Brasil o lugar onde os direitos coletivos – sem referência econômica e nem caráter material individual – ganhassem importância e rompessem com os ‘fundamentos da modernidade’.



O diálogo de intelectuais de diversas áreas e movimentos sociais apresentou propostas que o modelo econômico neo-liberal sequer percebia. Qual o modelo de Estado para um quadro de desigualdades socioambientais? O evasivo, sem propostas e entreguista ou uma gestão ativista, reguladora da economia, promotora da justiça social, disposta a enfrentar a escassez de recursos e garantir o Estado de Direito?

A ideia conectava sustentabilidade social e ambiental. A social veio com avanços recentes, pelos quais o jornal Le Figaro afirmou que o Brasil chegou à modernidade. Com isso a sustentabilidade ambiental avançou com a interação de ambientalistas e movimentos seringueiros, no programa das reservas extrativistas; indígenas, na defesa ambiental e demarcação de reservas; de trabalhadores rurais sem-terra, na “reforma agrária ecológica”; e pela moradia, ao denunciar a poluição, exigir saneamento e cuidar de áreas verdes, córregos e lagoas.

A mudança na concepção do Estado implicou no processo que faz nascer os ‘novos’ direitos, ensinou Roberto Bobbio. Os ‘direitos do homem’, mesmo fundamentais, são considerados ‘direitos históricos’, por nascerem “em determinados momentos, caracterizados por lutas em defesa de novas liberdades contra velhos poderes”.



A experiência brasileira ganhou eco mundial – apesar da resistência de setores atrasados liderados pela grande mídia – ao identificar a efetividade de direitos com ‘cidadania’, estabelecer relação com políticas públicas ‘socioambientais’ e construir espaços públicos de participação.

Essa experiência propiciou ver direitos civis negados ressurgirem, como o direito à vida, à liberdade, à propriedade e à igualdade perante a lei, e direitos sociais, como o direito a salário e greve, à educação pública universal laica e gratuita, à saúde, à habitação, à previdência e à assistência. Apesar do poder judiciário – o mais resistente – avançou no “direito à diferença” das minorias e alcançando as mulheres, os negros e os indígenas.

Grande ator no processo, as Organizações Não-Governamentais (ONGs) foram espaços públicos de cidadania capazes de unir movimentos populares, intelectuais, grupos marginalizados e construir nova cultura política. A mudança na gestão do poder somada aos serviços prestados foram fundamentais na redefinição de valores, propostas e interação entre a sociedade e as organizações.

Para Fábio Konder Comparato, por trás da acolhida ao socioambientalismo está a importância histórica dos Direitos Humanos. Diante dessas conquistas, consolidadas e em processo, cabe indagar: qual o papel do socioambientalismo e dos novos direitos na construção da democracia e da cidadania? 

A grande crise econômica mundial desmantelou estruturas, percebeu os efeitos e tenta rearticular forças e ressuscitar a globalização capitalista neoliberal, afirma Cândido Grzybowski, do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (IBASE). Por isso, o momento atual exige criatividade e ousadia.

A liderança brasileira no socioambientalismo implica nas relações confiáveis que temos com outros países, sem crimes contra a humanidade e o meio ambiente. É importante lembrar a experiência da Rede Brasileira de Justiça Ambiental como um exemplo estratégico. Há pessoas, ONGs, governos e sociedade civil envolvidas.

O risco diante das conquistas são capitais voláteis, lucros altos e capitalismo globalizado e descompromissado, que se rearruma. Políticas de regulação, transferindo recursos públicos para o setor bancário, com muita lucratividade e nenhum investimento social, geram perda. Há quem creia em ajustes, não aposte em mudanças e contribua para recompor a (des)ordem econômica.



O Poder Judiciário deve fiscalizar a atividade socioambiental, sem postergar ações por conflitos coletivos como agricultura familiar, reservas indígenas e extração de recursos. Insegurança jurídica não ajuda o socioambientalismo como movimento da sociedade civil, capaz de alimentar nova visão social, cultura cidadã e economia participativa. Em substituição a esta civilização em crise.

Está claro que não há o que esperar do modelo que cria injustiça e destruição. Nem democratizar a civilização industrial, mas mudá-la para a biocivilização, com democracia na distribuição de recursos e preservação da natureza. Mas lutar pela sociedade sustentável, social e ambientalmente justa, participativa e solidária.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Luther King e Obama: em lados opostos!

Antonio Carlos Ribeiro


A morte do líder da al-Qaeda, Osama bin Laden, se transformou a um só tempo no maior sentimento de decepção em parte dos 69,4 milhões de americanos que elegeram o presidente americano Barack Obama. E de cidadãos ao redor do mundo que apostaram na mudança com sua eleição e se decepcionaram com sua popularidade. E com a euforia mórbida dos republicanos ao festejar histericamente um assassinato. A ponto de ressuscitar Bush.



O crescimento constante de sua campanha popular, alavancada pelo uso da internet por comunidades, ONGs, movimentos negros, grupos de igreja e direitos humanos. Ele experimentou certo apogeu, limitado e concedido, mas sucumbiu ao poder estatal, à ideologia de segurança, às pressões da imprensa e ao poder militar, econômico e comunicacional, que lucraram com a crise e o fizeram descumprir as promessas de campanha.

As palavras chaves hope (esperança), change (mudança) e “Yes, we can” (“sim, nós podemos”), foram banidas dos discursos, assim como as menções em favor dos desempregados, moradores de rua, discriminados – especialmente as vítimas do maremoto de New Orleans - em meio à crise embalou a luta pelo segundo mandato com assassinatos de opositores, tortura de presos, perseguição aos membros do Wikileaks, fatos inaceitáveis para um defensor de direitos humanos e detentor de um Prêmio Nobel da Paz.

Barack Obama frustrou uma parcela dos 69,4 milhões de americanos que o elegeram, ao mesmo tempo que manteve os banqueiros que provocaram a bancarrota – afundando com a crise econômica – comprometendo as condições de vida da população negra, impedido de terminar guerras caras e com baixas, além do morticínio de iraquianos, de ter negado asilo a refugiados e expulsado imigrantes mais que governos republicanos, de vetar decisões do Conselho de Segurança da ONU contra Israel – por matar pacifistas e se apossar da ajuda humanitária enviada aos palestinos – sem honrar a promessa de fechar o centro de tortura em Guantánamo.

Ao tentar governar por 28 meses, sem apoio no Congresso e a articulação contrária das forças de segurança, tornou-se um desastre ainda maior no plano internacional. Sem conseguir confiabilidade, apoiou iniciativas conservadoras e frustrou o Encontro de Copenhage. Tentou negociar com o Irã, em vão por causa dos muitos crimes cometidos contra a humanidade, pediu ajuda ao Brasil e à Turquia, confiante no fracasso, mas estes países conseguiram pela diplomacia o que os EUA não conseguiram em anos.

Por último, ofendeu-se com o protagonismo brasileiro na América do Sul – que evitou golpes de Estado na Venezuela e na Bolívia, e garantiu a vida de Zelaya na Embaixada brasileira em Tegucigalpa – gestos de coragem e sem disparar um tiro, enquanto os EUA apoiavam o golpe de Estado em Honduras, perpetuado em ilegitimidade e enviando marines, desnecessários, após as forças da natureza terem provocado a morte de 200 mil haitianos.

Engolido pela belicosidade voraz, viu o centro de detenção de suspeitos da base americana em Cuba continuar ativo, torturando e matando impunemente iraquianos da al-Qaeda, e afegãos do Talibã, chegando a buscar países para onde enviar os torturados, e já submisso ao Pentágono, anunciou a decisão de envolver seu país na guerra da Líbia, com uma economia combalida, sem apoios e com o reflexo do orgulho ferido refletido no Congresso. Ser timoneiro de uma nau de insensatos deve ter feito Luther King mover-se no túmulo e lamentar o desperdício da oportunidade.



Agora, o pastor batista, militante dos direitos civis, ganhador de um Nobel da Paz – com mérito – tornou-se uma memória incômoda. Ele teve um sonho, dos sermões iniciados com a frase “Amada comunidade” ao velório que levou milhares de americanos às ruas em todo o país. Perseguido, ameaçado e morto, não se deixou cooptar, não traiu os sonhos de sua gente e nem mandou matar. Obama deveria reler o sermão “É meia-noite”.

No auge da impopularidade, mendicou apoios na América do Sul, gracejou para negar recursos que não tem, e propor parcerias que pouco nos servem, só encontrando apoio na mídia conservadora local. Desmoralizado, além de descumprir as promessas, cumpriu a de Bush: capturar Osama bin Laden. E matá-lo. Quase perdendo a compostura quando o mérito foi atribuído ao ex-presidente, além de mandar matar um homem desarmado e dominado, fotografar e consumir com o corpo, através de missão secreta num país estrangeiro. Sem esconder a brutalidade e nem negar a tortura, gestos mais inaceitáveis que os atribuídos a Bush.

Dos vibrantes comícios, com campanhas populares pela internet, o candidato se tornou um presidente questionado por seus pares e dominado, da direita dos democratas aos republicanos, e mesmo tendo subido de 46% para 57%, as migalhas não garantem nada. Pouco, para jogar fora uma oportunidade rara. Não estranha que a base popular que o elegeu esteja decepcionada. Obama virou Mephisto: trágico, decadente, des-caracterizado no auge do poder.

Sem a intolerância de direita, Cheryl Johnson, que o acompanhou desde os projetos populares no conjunto habitacional Altgeld Gardens, ao sul de Chicago, em Illinois, disparou: “Eu preferia ver Bin Laden em pé num tribunal, julgado pelas três mil pessoas que matou no 11 de Setembro. Matá-lo não resolve o problema. Não se sabe o que há por trás dessa história. Podemos ser tão culpados quanto ele se abusamos da autoridade e ameaçamos a vida de outras pessoas”, disparou.

“Aqui há pessoas negras e pobres, em moradias públicas. Elas votaram em Obama porque pensavam que veriam uma mudança real. Mas vejo as corporações ganhando dinheiro em Wall Street e, todos os dias, famílias sendo expulsas de suas casas. Vejo desesperança, e não mudança”, declarou.

Adolfo Pérez Esquivel, também detentor de um prêmio Nobel da Paz, sentenciou em linguagem direta: “você incrementou o ódio e traiu os princípios assumidos na campanha eleitoral frente ao teu povo, como terminar com as guerras no Afeganistão e no Iraque e fechar as prisões em Guantánamo e Abu Graib no Iraque. Não fez nada disso. Pelo contrário, decidiu começar outra guerra contra a Líbia, apoiada pela OTAN e por uma vergonhosa resolução das Nações Unidas. Esse alto organismo, apequenado e sem pensamento próprio, perdeu o rumo e está submetido às veleidades e interesses das potências dominantes”.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Graça barata é desgraça

Antonio Carlos Ribeiro


Nós temos sido testemunhas silenciosas de ações más; nós temos sido
encharcados por muitas tempestades; nós temos aprendido as artes da
equivocação e do fingimento; experiência que nos tem feito desconfiados
dos outros e nos têm impedido de ser verdadeiros e abertos: conflitos
intoleráveis nos têm desgastado e até mesmo nos feito cínicos.
Dietrich Bonhoeffer (*04.02.1906 – +09.04.1945)

O dia 9 de abril passado tem o gosto amargo de uma perda. Lembra a execução do teólogo luterano alemão Dietrich Bonhoeffer. Assim como o dia 4 de fevereiro, seu nascimento, traz o doce sabor da lembrança de uma vida com significado.




Na primeira lembramos o nascimento de um homem de fé, teólogo inteligente na sociedade, pastor que denunciou a acomodação da igreja no regime nazista e militante que formou teólogos no Seminário de Finkenwald e salvou judeus atuando no Serviço de Inteligência do 3º Reich. Na segunda, lamentamos a existência de um regime desumano, poderosamente abalado – no ápice da sua decadência – pela força de um testemunho.

Com a primeira, damos graças a Deus pela vida deste profeta moderno que, como João Batista, foi uma voz no deserto. Com a segunda, maldizemos a violência, especialmente a bestial, articulada com o poder estatal e disposta a silenciar os opositores.

O mundo moderno aprendeu a gostar do teólogo luterano que participou da conspiração da resistência que planejou o atentado contra Adolf Hitler. Tinha clareza de raciocínio e piedade, era jovem, brilhante, ecumênico, foi pastor na Espanha, residiu em Londres, estudou no Union, em Nova Iorque, atuou no Seminário de Finkenwald e na Igreja Confessante, e escreveu um clássico da mística moderna: O preço do discipulado (Nachfolge, em alemão).

A subserviência da Igreja Evangélica Alemã ao Regime Nazista o chocou de tal modo que o fez cunhar a expressão graça barata. Bonhoeffer se tornou a referência ao falar de ser-igreja-para-os-outros, não sucumbir diante do terror e nem se calar diante do genocídio.

Em 4 de fevereiro de 2006 a Igreja Evangélica na Alemanha (IEA) lembrou os 100 anos desta data com celebrações em Wroclaw, Berlim e Londres. As alocuções foram proferidas pelo Bispo Presidente do Conselho da IEA, Wolfgang Huber, pelo Arcebispo de Canterbury, Rowan Williams, e pelo Bispo Luterano de Breslau, Ryszard Bogusz.

No mesmo dia houve uma celebração ecumênica vespertina em Berlim, com a presença destas autoridades, seguida de um ato festivo na Faculdade de Teologia da Universidade Humboldt. Margot Kässmann, à época bispa da Igreja de Hannover, representou o Conselho da IEA no culto memorial organizado pela Igreja Anglicana e realizado dia 5 de fevereiro na Abadia de Westminster.

Ele era filho de um médico e professor de psiquiatria notável, nasceu em Breslau, Prússia (agora Wroclaw, Polônia). Recebeu sua educação teológica nas universidades de Tübingen e Berlim (doutorado). Serviu como pastor assistente numa congregação de língua alemã em Barcelona, Espanha (1928-1929), estudou no Union e tornou-se professor de teologia em Berlim no outono de 1931.

Crítico intransigente de Adolf Hitler e do regime nazista em sua ascensão ao poder em 1933, juntou-se à Igreja Confessante. Passou dois anos (1933-1935) como pastor de congregações de língua alemã em Londres, retornando à Alemanha como diretor do Seminário da Igreja Confessante em Finkenwald, Pomerânia. Após o começo da Segunda Guerra Mundial, uniu-se à resistência a Hitler, sendo preso em abril de 1943 em Berlim e executado no Campo de Concentração de Flossenbürg em 9 de abril de 1945.

Bonhoeffer é importante por causa dos seus esforços para o ecumenismo, a paz mundial e a convicção da necessidade de reinterpretar o Cristianismo para o mundo secular moderno. Seus livros mais conhecidos são Discipulado, Tentação, Vida em Comunhão e Resistência e Submissão, com as cartas e documentos da prisão.


Metaxas acrescenta o adjetivo espião

Esse era o perfil que o tornava intrigante aos olhos do público teológico. Quando se pensava conhecer o básico sobre uma vida cheia de significado desse homem de fé, teólogo agudo e militante ousado, que enfrentou um regime desumano, eis que surge a obra de Eric Metaxas (Bonhoeffer: Pastor, Martyr, Prophet, Spy. Nashville: Thomas Nelson, 2010) acrescentando aos honoráveis títulos de pastor, mártir e profeta, o de espião.

Isso não abala os traços da vida deste profeta moderno que discordou da igreja do Reich, mas acrescenta certo tempero, sobretudo numa América Latina que ainda lida com violência política, mantida pelo poder estatal e disposta a silenciar os opositores de regimes conservadores e criminosos.

O autor se mostra alegre com a boa crítica, mas sobretudo pelo apoio do mercado editorial e à recepção no público, apesar do volume de texto da obra. Com motivação pessoal, tempo para dedicar à pesquisa e amor pela tarefa de biografar, Metaxas fala da determinação, do empenho e do prazer com que se dedicou à tarefa, informando que foi o período de esforço mais concentrado que já fez, atitude que lembra o depoimento de Umberto Eco em O Nome da Rosa: pós-escrito e, sem falso moralismo, admitindo que desejou que sua obra fosse definitiva.

Também admitiu sua paixão pelo perfil do biografado. “Ele é a pessoa mais autêntica que eu já encontrei, e eu sei que a sua vida fala poderosamente a nós de inúmeras maneiras. Ele é como o herói supremo, e sua história é tão inspiradora que eu tinha que contá-la a uma nova geração de leitores”.

Imagine como essa motivação o fez voltar mais de 70 anos, revolver documentos como cartas, anotações, artigos e livros, inclusive o inconcluso Ética, além das cartas de amor enviadas à noiva (Love Letters from Cell 92), escritas no momento derradeiro, nos primeiros meses de 1945.

Esse herói vive em meio ao estresse de um regime absolutista e já em crise, movimenta-se numa igreja que lhe vira as costas e intelectuais que não apoiam os riscos últimos de seus envolvimentos, como Karl Barth. Ao mesmo tempo, Bonhoeffer tem convicções de fé que o impulsionam mar adentro, mesmo com a maré perigosa, que o faz manter a sensibilidade e a ternura, ao lado da disposição de assumir seus postulados.
"Não qualquer um, mas aquele direito faz e ousa, não paira no possível mas se agarra corajosamente à realidade", era seu lema.

O herói cristão da resistência ao nazismo parece que vai saltar das páginas desta obra, sobretudo quando traduzida ao espanhol e ao português, por causa da humanidade que o teólogo nunca abandonou em meio ao turbilhão de fatos de impacto mundial em que se movimentou.


A propósito, segundo o autor, sua obra “o humaniza muito e mostra que tipo de pessoa era. Ele surge como alguém acessível, encantador e gracioso, o tipo de pessoa com quem qualquer um adoraria passar o tempo”. Mais: aquilo sobre o que se tinha algumas informações, como seu trabalho na inteligência militar alemã, a Abwehr, onde obteve informações para salvar a vida de judeus, constitui o elemento que a biografia destaca.

O outro traço é o perfil de militante, extremamente autodisciplinado, crítico, exigente e eventualmente impaciente. Isso explica opções teológicas firmes – como o raciocínio de que o menino não errou ao mentir para o professor que queria ridicularizá-lo ao falar da bebedeira do pai – e opções éticas drásticas – quando explicou, ao ser preso, que a tarefa do pastor diante do louco que dirige de forma desgovernada um caminhão, provocando acidentes e mortes, não é apenas sepultar os mortos e consolar os enlutados, mas arrancar-lhe o volante das mãos.

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