domingo, 17 de junho de 2012

Paróquia Martin Luther celebra culto trilingue na Rio+20


Antonio Carlos Ribeiro


Rio de Janeiro (RJ) – A Paróquia Martin Luther promoveu culto trilíngue neste domingo, possibilitando a participação de visitas do exterior que participam da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). O culto foi presidido pela Pastora Christine Drini e teve como pregador o Pastor Nilton Giese, Secretário Geral do Conselho Latinoamericano de Igrejas (CLAI).


Divulgado na Agenda da Cúpula dos Povos, o evento de religiões, igrejas, ONGs e entidades do terceiro setor, o culto teve a participação do Pastor Matthias Tolsdorf (Paróquia Norte), Johanna Laible (Serviço Evangélico de Desenvolvimento), Marlehn Thieme (Conselho de Sustentabilidade da Igreja Evangélica da Alemanha)(EKD, sigla em alemão), Jürgen Bergmann (Missão Um Mundo Baviera), Jakob Lehmann e Caroline Richter (Juventude Evangélica de Saxônia) e uma comitiva de membros da , que integram uma comitiva da Fundação Luterana de Diaconia (FLD),  e de cristãos africanos que integram a comitiva de seu país ao evento oficial.




A celebração contou a presença de pastores e pastora luteranos e de músicos da cidade e de pastoras das igrejas alemães, além de representantes de entidades de Diaconia e membros de uma equipe de documentaristas da Igreja Evangélica da Saxônia, que tomaram parte na liturgia.


O P. Giese destacou que “As parábolas de Mc 4, portanto, estão no centro de um  conflito entre Jesus e seus adversários. São parábolas que visam superar a crise”. Ele lembrou que “A parábola da semente que cresce por si só é uma das respostas à crise na atividade de Jesus e na caminhada das comunidades cristãs. Em meio aos conflitos, crises e resistências, o importante é ir semeando”. Seu processo é lento, mas progressivo, agregou.


“Uma das preocupações em relação à Conferência das Nações Unidas, chamada de Rio+20, é que a agenda já está preparada para aprovar a mercantilização dos recursos naturais e a legitimação das novas tecnologias como a nanotecnologia (átomos), os agrocombustíveis, a geo-engenharia (combate ao aquecimento global) e os transgênicos“, lembrando que para “as grandes corporações, a água é um bem mercantil e deveria ser uma commodity, como o petróleo e o ouro”.




Giese denunciou que “o que parece dar a sensação de proteger o meio ambiente, na verdade  tem por trás a mercantilização dos recursos naturais. Para que explorem riquezas naturais, todo tipo de resistência popular deve ser criminalizada”. Por essa razão, a Cúpula dos Povos é um movimento paralelo que reúne diversas organizações ambientalistas, projetos eclesiais, ONGs e o CLAI, buscando espaços de diálogo e cooperação.


“Jesus nos lembra que a natureza e a vida têm o seu curso e seu ritmo”, lembrou o dirigente do organismo eclesial continental. “O importante é prestar atenção, respeitar esse ritmo e entender os sinais dos tempos. O ser humano tem seu papel no processo de transformação da vida, mas essa intervenção não pode levar ao desequilíbrio”, propondo que o papel da comunidade cristã e do movimento ecumênico deve ser profético em relação ao erros: “reconhecimento, arrependimento, reparação e reconciliação”

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