Antonio Carlos Ribeiro
Alegre, festiva e cheia de ironias. Assim foi a Marcha contra a Corrupção, realizada a partir das 14 horas de ontem na Avenida Atlântica, em Copacabana. A manifestação popular reuniu cerca de 4 mil pessoas de todas as idades e classes sociais. As palavras de ordem pediam tolerância zero com a corrupção.
Os locutores que coordenavam a manifestação insistiam em cinco exigências: pôr em prática o Ficha Limpa, realizar votação aberta e pública nas Casas Legislativas, transformar a corrupção em crime hediondo, acabar com o foro privilegiado dos parlamentares e apoiar o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Essa foi a segunda manifestação pedindo o fim da corrupção e tem crescido o número de cidades que aderem ao movimento. Ela aconteceu simultaneamente, ontem, em 26 cidades brasileiras e a situação de impunidade mais comentada na marcha foi o conflito no Poder Judiciário. A intenção de diminuir os poderes do Conselho Nacional de Justiça despertou reações fortes.
O advogado Reynaldo Velloso, coordenador da manifestação no Rio, defendeu a ampliação do prazo para o pedido de impugnação das eleições de cinco para 15 dias, para que haja tempo hábil para ingressar com ações no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Criticou também a lista fechada de candidaturas dos partidos políticos e sugeriu que o número maior de partidos pode dificultar o controle dos “caciques” políticos.
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