Belo Horizonte, quarta-feira, 3 de agosto de 2011 (ALC) - Por não desejar inquisições, com ou sem fronteiras, o Conselho de Presbíteros da Segunda Igreja Presbiteriana de Belo Horizonte manifestou apoio público e solidariedade ao reverendo Ricardo Gondim, um dos fundadores da Assembléia de Deus Betesda.
Em entrevista à revista Carta Capital, publicada no dia 27 de abril, Gondim defendeu o reconhecimento jurídico da união homoafetiva no Brasil. O posicionamento custou-lhe a “descontinuidade” da coluna que mantinha na revista Ultimato, por cerca de 20 anos.
“Empobrecedora escolha”, afirmam os presbiterianos na carta de apoio a Gondim, que foi “voz profética coerente e aplaudida” por sua honestidade intelectual. Eles têm claro que o tema tocado pelo pastor é complexo e “terreno fértil para polarizações”, mas por isso mesmo digno de debate.
“Silêncio e exclusão, justo em um momento em que é necessário aprofundar e qualificar o debate relativo à tensão entre o sagrado direito de crença de uns e o democrático respeito aos direitos civis (laicos) de outros”, diz a carta de apoio assinada pelo moderador do Conselho, Werston Brasil de Souza, e pelo pastor Jorge Eduardo Diniz.
Assinalando a perda com essa defecção profética, a carta dos presbiterianos lamenta que, como evangélicos, “mais uma vez passamos ao nosso país a noção de que somos uma massa conservadora homogênea incapaz de ouvir qualquer voz divergente, mesmo da boca de seus próprios filhos”.
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