Antonio Carlos Ribeiro
O Conselho Municipal de Educação emitiu parecer negando a implantação do ensino religioso nas escolas públicas desta cidade. O ato foi publicado no Diário Oficial do dia 24 de fevereiro deste ano. A decisão considerou problemas didático-técnicos, a diversidade cultural e religiosa, o critério de representatividade dos credos, o credenciamento de professores e a laicidade da escola pública.
O Conselho Municipal de Educação emitiu parecer negando a implantação do ensino religioso nas escolas públicas desta cidade. O ato foi publicado no Diário Oficial do dia 24 de fevereiro deste ano. A decisão considerou problemas didático-técnicos, a diversidade cultural e religiosa, o critério de representatividade dos credos, o credenciamento de professores e a laicidade da escola pública.
A decisão opina sobre a aplicabilidade do disposto no art.33 da Lei nº 9.394, de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), de 20/12/1996, tratando do Ensino Religioso. A decisão fundamentou-se especialmente na falta de respostas a perguntas técnicas. Se a matrícula é facultativa, como fará parte da carga horária?
Houve ainda as que diziam respeito ao caráter público da educação: como respeitar a diversidade cultural e religiosa?; qual o valor da consulta às instituições religiosas em matéria que cabe ao Estado?; como decidir a representatividade dos credos? e como credenciar os professores?
O Conselho Municipal considerou e reafirmou o caráter laico da escola pública e firmou compreensão de que o ensino religioso não se constitui em área de conhecimento específica, para ser tratada em moldes disciplinares.
O parecer amparando-se na condição de Princípio, atribuída às religiões pela LDB, destacando-se os éticos, estéticos e políticos, mas afirmando que deve ser considerado como um balizador dos Projetos Políticos
Pedagógicos, sem hierarquização face a outros valores que circulam na cultura.
2 comentários:
O Parecer deu um grande passo, tomara que prossiga agora o caminho da concretização nas Escoals Publicas, e revisão naquelas que hoje estao com as aulas de ER em vigor!
Enquanto as diversas confissões religiosas não conseguirem configurar em suas relações o ethos que defendem , o ensino religioso, infelizmente, permanecerá como possível estratégia de ensino em sectarismo e intolerância.
Uma coisa não entendo:são inúmeras as denúncias de apropriação de verba destinadas as nossas crianças do Rio de Janeiro e não sei porque o Conselho Municipal não se posiciona politicamente com o mesmo compromisso...
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