Antonio Carlos Ribeiro
Rio de Janeiro – O livro O Futuro da Criação propõe um diálogo entre as teologias da criação e da justificação com a ecologia. A obra foi lançada pelos teólogos Jürgen Moltmann e Levy Bastos lançaram no Centro Loyola de Fé e Cultura, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, na zona sul da cidade.
O livro, com prefácio de Leonardo Boff e posfácio de Luiz Longuini Neto, é dividido em duas partes. Na primeira, intitulada O sol da Justiça, Moltmann busca um diálogo entre a teologia da criação e a teoria da evolução, subsidiando o atual debate sobre a defesa do meio ambiente.
Levy Bastos – seu aluno em Tübingen em 1993 e hoje coordenador do curso de Teologia do Centro Universitário Metodista Bennett – lembrando que a espiritualidade ecológica aproxima a ascese e a defesa do meio ambiente, sem a qual não há verdadeira fé cristã, mas apenas uma graça barata.
O evento começou com uma conferência do teólogo alemão, em que discorreu sobre sua vida desde o trágico ataque da Real Força Aérea Britânica, que dizimou a cidade de Hamburgo, sua trajetória pastoral e acadêmica em em Wuppertal, Bonn e Tübingen e nos diálogos entre cristãos e neo-marxistas com Karl Rahner, Johann Baptist Metz e Roger Garaudy.
Comentou sobre a decisão da Justiça Argentina, que condenou um general, um coronel e cinco guardas, responsabilizados por centenas de mortes, incluída a de Elisabeth Käsemann, na prisão El Vesúvio, no dia 14 de julho. Para ele, a família, a Igreja e a comunidade se alegraram por terem feito justiça, mesmo após 34 anos, e que o sentido não é de vingança, mas de restauração da dignidade e de defesa dos direitos humanos.
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